domingo, 31 de março de 2013

Na mensagem de Páscoa, Papa Francisco pede paz para todo o mundo


Depois de celebrar a missa de Páscoa na praça São Pedro com a presença de fiéis de várias partes do mundo, o Papa Francisco concedeu a benção "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo), a indulgência plenária e os votos de boa Páscoa. Em sua primeira mensagem pascal como bispo de Roma, Francisco falou do significado da ressurreição de Jesus e pediu paz para todo o mundo.

Na mensagem, Francisco convidou todos a acolherem a graça da ressurreição de Cristo, permitindo se renovar pela misericórdia de Deus. Ele também exortou os fiéis a pedirem a Jesus ressuscitado que transforme a guerra em paz. "Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro".

O Santo Padre disse que é uma grande alegria para ele poder anunciar a ressurreição de Cristo e manifestou seu desejo de que essa notícia chegue a cada casa, a cada família, em especial a todos os corações, onde "Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou".

Ele explicou que a ressurreição de Jesus significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e que a própria morte, podendo transformar a vida e fazer florir o deserto que ainda existe no coração do homem.

E embora Cristo tenha ressuscitado para sempre e para todos, o Papa ressaltou que a força da ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve acontecer todos os dias. "Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar".

Ao final da cerimônia, os sinos da basílica de São Pedro repicaram efusivamente, em manifestação pela alegria do Senhor ressuscitado.

Fonte: Canção Nova Notícias

Papa Francisco celebra missa de Páscoa no Vaticano


O Papa Francisco presidiu na manhã deste domingo, 31 de março, na praça São Pedro, a missa da Páscoa do Senhor. Milhares de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo compareceram para celebrar a ressurreição do Senhor na presença do novo Pontífice.

A cerimônia teve início às 10h15 com o rito do "Ressurexit", ou seja, o anúncio da Ressurreição do Senhor, acompanhado pela colocação de um ícone junto ao altar, e terminou às 11h37, no horário italiano.

Ao início da missa da Páscoa, o rito penitencial foi substituído, de certo modo, pela aspersão. O Santo Padre aspergiu o povo com água da fonte batismal, que estava próxima ao altar. A missa de Páscoa não foi concelebrada e não foi feita homilia, pois ao final, o Papa concedeu a bênção 'Urbi et Orbi'. Neste ano houve uma simplificação da cerimônia, com o Evangelho sendo lido somente em latim, e não em grego e latim, como comumente é realizado.

A Guarda Suíça e as três armas italianas, com suas respectivas bandas e uniformes coloridos, fizeram-se presentes para a solene cerimônia. A praça estava decorada com vegetação e flores doadas por produtores holandeses. As cores predominantes eram o branco e amarelo, cores do Vaticano.

Ao final da cerimônia, após cantado o 'Regina Coeli' e entoado o Aleluia de Handel, o Santo Padre saudou alguns presentes e percorreu a praça São Pedro no Jeep Papal, para alegria da multidão que o aguardava e o saudava efusivamente. Como tem feito nas suas passagens entre a multidão, parou diversas vezes para saudar alguns bebês e abraçou longamente um menino deficiente, numa cena comovente.

Por fim, Papa Francisco se dirigiu ao balcão central da basílica de São Pedro para conceder a bênção 'Urbi et Orbi' e a indulgência plenária aos presentes e a quantos acompanhavam pelos meios de comunicação, com a felicitação de Páscoa.

Fonte: Canção Nova Notícias

Páscoa: O Senhor Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!


A ressurreição de Cristo foi princípio de renovação, de vida nova, para todos os homens e as coisas: uma primavera espiritual.

Os cinquenta dias do Tempo Pascal (da Páscoa a Pentecostes) são marcados pela alegria profunda dos nossos corações, que é fé na ressurreição do Salvador e fidelidade renovada ao nosso batismo, no qual somos co-ressuscitados com Cristo; o canto do Aleluia, que ressoa repetidamente na liturgia, manisfeta o júbilo deste período.

Jesus ressuscitado e vivo continua presente no meio dos seus; durante cinquenta dias o círio pascal, aceso na noite de Páscoa, é símbolo e testemunho desta presença e manifestação do Senhor ressuscitado na sua Igreja.

No segundo domingo da Páscoa a aparição do Senhor no meio dos seus consagra o ritmo dominical da sua presença no meio da assembleia festiva dos fieis: o domingo, festa primordial, dia do Senhor ressuscitado, se torna sinal semanal da Páscoa.

No terceiro domingo reconhecemos o Senhor na fração do pão: ele está presente no meio de nós através dos sinais sacramentais.

No quarto domingo o bom Pastor nos manifesta o mistério da presença do Cristo nos pastores da Igreja.

No quinto domingo a caridade fraterna é vista como a manifestação de Jesus ressuscitado; através do amor que une os membros da Igreja, os homens reconhecerão o amor com que Cristo os ama.

No sexto domingo Jesus promete o seu Espírito como princípio da vida pascal da Igreja e de todo cristão; a ação do Espírito de verdade constrói interiormente o templo espiritual.

No dia da Ascenção (sétimo domingo), Jesus, antes de subir ao Pai, envia ao mundo suas testemunhas; elas e todo o povo profético manifestarão Jesus Cristo salvador.

Em Pentecostes: o Espírito Santo realiza a plenitude da Páscoa de Cristo por meio da Igreja. Impelidos pela força de Jesus ressuscitado e pela fé, os Apóstolos partem para sua missão no mundo.

Celebrar a eucaristia neste período de Páscoa significa particularmente: reconhecer todas as manifestações de Jesus ressuscitado na sua Igreja; torna-nos instrumento destas manifestações, como membros do povo sacerdotal: dar graças ao Pai pela presença contínua de Jesus ressuscitado entre nós.       

sexta-feira, 29 de março de 2013

Papa Francisco preside celebração da Paixão e Morte do Senhor

Sexta-feira Santa é um dia de contemplação ao sacrifício de Cristo pela humanidade


Com uma procissão silenciosa, o Papa Francisco iniciou a Celebração da Paixão e Morte do Senhor, nesta Sexta-feira Santa, 29, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Este é o único dia do ano em que não é realizada a Santa Missa. Contudo, a Sexta-feira Santa não é considerada pela Igreja Católica como um dia de luto, mas um dia de contemplação e reverência ao Sacrifício de Cristo pela humanidade.

Logo no início da celebração, o Santo Padre prostou-se no chão em um momento de oração. Em seguida, levantou-se e teve início a liturgia da Palavra, com a 1ª e 2ª leituras e o Evangelho narrando a Paixão e morte do Senhor (cf. João 18,1-19,42).


Na homilia, conduzida pelo pregador da Casa Pontificia, frei Raniero Cantalamessa, o frade destacou que, em Cristo morto e ressuscitado, a humanidade encontrou seu destino final: os novos céus e a nova terra.

“[Em Cristo] o mal e a morte foram derrotados para sempre. Suas fontes secaram. A realidade é que Jesus é o Senhor do mundo e o mal foi vencido pela redenção que Ele realizou. O novo mundo já começou”, enfatizou frei Cantalamessa.

O sacerdote explicou que a fé cristã poderia voltar ao mundo secularizado pela mesma razão pela qual ela já entrou antes. “Por ser a única doutrina que tem uma resposta segura para as grandes questões da vida e da morte”.

Frei Cantalamessa explicou que a Cruz separa os crentes dos não-crentes, porque para alguns ela é escândalo e loucura, enquanto que, para outros é poder e sabedoria de Deus. Porém, em um sentido mais profundo, a Cruz une todos os homens.

“Jesus tinha que morrer. Não por uma nação, mas para reunir juntos, todos os filhos de Deus que estavam dispersos. Os novos céus e a nova terra são de todos e para todos, porque Cristo morreu por todos”, ressaltou.

O sacerdote destacou ainda que a urgência, ao saber dessa redenção de Cristo, é evangelizar. “O amor de Cristo nos impele a anunciar ao mundo a boa noticia de que não há nenhuma condenação aos que estão em Cristo Jesus, porque Ele libertou a todos da lei do pecado e da morte”, enfatizou, repetindo a frase em vários idiomas, explicando que é uma verdade que precisa ser anunciada a todos.

Após a homilia, a liturgia da Paixão do Senhor prosseguiu com a Oração Universal, pelas intenções mais importantes da Igreja, e, em seguida, a Adoração à Santa Cruz. A celebração concluiu-se com a Comunhão Eucarística.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Papa Francisco celebrou a Missa da Ceia do Senhor em Instituto Penal e convidou os presentes a se ajudarem mutuamente

O Papa Francisco presidiu na tarde desta Quinta-feira Santa, 28, a Missa da Ceia do Senhor no Instituto Penal para Menores de “Casal del Marmo”, em Roma.


No início de sua homilia, o Santo Padre classificou como “comovente” o gesto de Jesus que lavou os pés dos discípulos e comentou a narração do Evangelho que relata este acontecimento.

“Jesus que lava os pés dos seus discípulos. Pedro não entendia nada, rejeitava isto. Mas Jesus lhe explicou. Jesus – Deus – fez isto! E ele mesmo explica aos discípulos: ‘Entenderam aquilo que eu fiz para vocês? Vocês me chamam de Mestre e Senhor, e o dizem bem, porque o sou. Se então eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês devem lavar os pés uns dos outros. Dei-lhes o exemplo, de fato, para que também vocês façam como eu’”, disse o Papa, citando as palavras de Jesus.

O pontífice frisou este gesto do Cristo como um exemplo a ser seguido pelo cristãos, principalmente pelos que são autoridade. “Ele é o mais importante e mesmo assim lava os pés, para que também entre nós, aquele que está numa posição mais elevada, esteja a serviço dos outros. Este é um símbolo, é um sinal, não? Lavar os pés que dizer ‘eu estou a seu serviço’”.

Em seguida, o Santo Padre explicou o que significa lavar os pés uns dos outros. “E também nós, entre nós, não é que devemos lavar os pés todos os dias uns dos outros, mas, o que significa isto? Que devemos nos ajudar, um ao outro. Às vezes fico irritado com alguém, mas…., deixa prá. E, se depois ele te pede um favor, faça este favor para ele”.

O Pontífice convidou aos presentes a vivenciarem o exercício da ajuda mútua pois, segundo ele, é o que Jesus ensina. “E isso é aquilo que eu faço, e o faço de coração, porque é meu dever”, disse o Papa com relação ao gesto de ajudar.

O Papa concluiu a homilia convidando os presentes a refletirem: “Eu, verdadeiramente estou disposto, estou disposta a servir, a ajudar o outro?” Pensemos somente isto, convidou o Pontífice. “E pensemos que este gesto é um carinho que Jesus nos faz, porque Jesus veio justamente para isto: para servir, para nos ajudar”.


Ao final da cerimônia um dos jovens dirigiu-se ao Santo Padre agradecendo a sua visita e lhe perguntou: “Eu quero saber uma coisa: por que você veio hoje aqui em Casal del Marmo? Só quero saber isto e basta!”

Papa Francisco respondeu ao jovem: “É um sentimento que veio do coração, eu senti isto. Onde estão aqueles que talvez me ajudarão a ser mais humilde, a ser servidor como deve ser um bispo. E eu pensei, e eu perguntei: “Onde estão aqueles que gostariam de uma visita? E me disseram: ‘Casal Del Marmo, talvez’. E quando me disseram isto, decidi vir aqui. Mas isto veio do coração, somente do coração. As coisas do coração não tem explicação, elas vem sozinhas. Obrigado!”

Por fim, ao se despedir, Papa Francisco disse: “Agora me despeço. Muito obrigado. Rezem por mim e não deixem que vos roubem a esperança. Sempre em frente. Muito obrigado”.

A celebração da Ceia do Senhor em locais de caráter social era uma postura comum ao Cardeal Bergoglio, quando ainda estava na Argentina. Na Missa desta quinta-feira, 28, 12 jovens foram escolhidos para participarem da cerimônia do lava-pés.

Papa celebra Missa do Crisma e destaca o que é ser um bom pastor

Nesta Quinta-Feira Santa, 28, o Papa Francisco celebrou na Basílica Vaticana a Missa do Crisma, dando início ao Tríduo Pascal. Em sua homilia, ele falou da beleza de tudo o que é litúrgico e destacou o real papel dos pastores, dos sacerdotes, exortando-os a “sentirem o cheiro das ovelhas”.


Papa Francisco destacou a riqueza do simbolismo das vestes sacras do Sumo Pontífice e a beleza de tudo o que é litúrgico, que não é simplesmente uma decoração, mas sim a presença da glória de Deus que resplandece em seu povo. A partir disso, ele voltou-se para a ação, explicando que o óleo que unge a cabeça de Aarão não se limita a perfumar a sua pessoa, mas se espalha e atinge “as periferias”.

“O Senhor o dirá claramente: a sua unção é para os pobres, para os prisioneiros, para os doentes e para queles que estão tristes e sozinhos. A unção, queridos irmãos, não é para perfumar a nós mesmos muito menos para que a conservemos em um frasco, porque o óleo se tornaria rançoso … e o coração amargo”.

Sobre a característica do bom sacerdote, que segundo o Papa é reconhecido através do modo como é ungido o seu povo, Papa Francisco destacou que aquele que sai pouco de si, que unge pouco, perde o melhor do povo, aquilo que é capaz de ativar a parte mais profunda de seu coração sacerdotal.

Então o Santo Padre exortou os sacerdotes a serem pastores sentindo o “cheiro das ovelhas, pediu que Deus Pai renove neles o Espírito de Santidade com o qual foram ungidos. “Que o nosso povo nos sinta como discípulos do Senhor, sinta que estamos revestidos de seus nomes, que não buscamos outra identidade; e possa receber através das nossas palavras e obras este óleo de alegria que nos veio para trazer Jesus, o Ungido”.

Quinta-feira Santa


A Celebração da Semana Santa encontra seu ápice no Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira da Paixão e Morte do Senhor e a solene Vigília Pascal, no Sábado Santo (Sábado de Aleluia) à noite. Esses três dias formam uma grande celebração da Páscoa da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Liturgia da Quinta-feira Santa trata do Amor e da verdadeira humildade, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo Mandamento, que é amar incondicionalmente, a instituição do Sacerdócio Ministerial e a instituição da Sagrada Eucaristia, em que Jesus se faz nosso Alimento, dando-nos seu Corpo e seu Sangue salvíficos. É a manifestação mais profunda do seu infinito Amor por nós.

A Eucaristia é o Amor maior, que se exprime mediante tríplice exigência: do Sacrifício, da Presença e da Comunhão. O amor exige sacrifício, e a Eucaristia significa e realiza o Sacrifício da Cruz na forma de Ceia Pascal. Nos Sinais do Pão e do Vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o Pecado do mundo: "Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em memória de Mim. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu Sangue, que é derramado por vós" (Lc 22,19-20). Pão dado, Sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o Sacrifício como exigência do Amor.

Amor, além de sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a Presença Real do Senhor que faz dos Sacrários de nossas igrejas o centro da vida e da oração dos fiéis. A fé cristã vê nos nossos sacrários a Morada do Senhor, plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da solidariedade: "Estarei ao lado de vocês, como amigo, em todos os momentos da vida". Eis a Presença, outra exigência do Amor.

O amor exige não só sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus rezou com este sentimento de Comunhão com o Pai e com os seus discípulos: "Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em Mim e eu em Ti... que eles estejam em nós" (Jo 17,20-21).

Jesus Eucarístico é o Caminho que leva a esta Comunhão ideal. Alimentar-se de sua Carne e Sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, nos sentimentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não por laços sanguíneos, mas pela Fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a Comunhão como exigência do Amor.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Foto oficial do Papa Francisco e seu Brasão


Será lançada em breve, Doutrina Social da Igreja em linguagem jovem


Depois do sucesso do YOUCAT, a Agenda YOUCAT, o Youcat Orações, (todos já disponíveis em língua portuguesa) o “YOUCAT – Curso para o Crisma” (em processo de tradução), agora está sendo preparado para a Coleção YOUCAT, o DOCAT. O nome embora seja uma combinação do verbo Inglês “fazer” e “Catecismo” (fazer alguma coisa) (Catecismo), ele descreverá em 12 capítulos numa linguagem jovem, a Doutrina Social da Igreja Católica e seu impacto nas áreas de trabalho, negócios, política, meio ambiente e paz.

Vaticano divulga data da posse do Papa Francisco como bispo de Roma


O Vaticano informou nesta quarta-feira, 27, que o Papa Francisco irá assumir a cátedra como bispo de Roma no próximo domingo, 7 de abril, festa da Misericórdia, com uma solene celebração eucarística na basílica de São João de Latrão, em Roma. A missa terá início às 17h30 (horário local, 12h30 em Brasília).

A basílica de São João de Latrão é a catedral do bispo de Roma e é considerada a "mãe" de todas as Igrejas do mundo. A catedral contém o trono papal (cátedra romana), o que a coloca acima de todas as Igrejas, inclusive da basílica de São Pedro. No dia 9 de novembro ela é festejada, como forma de celebrar a unidade e o respeito para com a Sé Romana.

Fonte: Canção Nova Notícias

Saiba quais foram as palavras que o cardeal Bergoglio disse, ao aceitar ser Papa


O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio aceitou ser Papa com estas palavras: "Sou um grande pecador, confiando na misericórdia e na paciência de Deus, no sofrimento, aceito!".

A revelação foi feita pelo arcipreste da basílica de São Pedro, cardeal Angelo Comastri, após permissão concedida pelo Papa Francisco, e está em um documentário, lançado nesta quarta-feira, 27, pelo Vaticano.

As palavras foram a resposta à pergunta feita pelo cardeal Giovanni Battista Re na tarde de 13 de março, se aceitava ser o sucessor de Bento XVI, após ter sido eleito pelo colégio dos cardeais eleitores, na quinta votação do conclave.

Fonte: Canção Nova Notícias

Brasão Papal passa por pequenas modificações

Estrela, inicialmente com 5 pontas, passou a ter oito, em referência às oito bem-aventuranças

O brasão do Papa Francisco sofreu ligeiras modificações. A estrela, inicialmente com 5 pontas, passou a ter oito, em referência às oito bem-aventuranças. O nardo também mudou e o lema “Miserando atque eligendo” foi inserido em uma faixa branca com a parte de trás em vermelho. Permanece inalterado o emblema da Companhia de Jesus, no centro do brasão.
O Papa Francisco conservou seu brasão de bispo, ao qual acrescentou os símbolos da dignidade pontifícia e a mitra colocada entre as chaves de prata e ouro, entrelaçadas com um cordão vermelho.

Na parte alta do brasão se encontra o emblema da Companhia de Jesus: um sol radiante amarelo com as letras em vermelho ‘IHS’: “Jesus, Homem e Salvador”.

Sobre a letra H se encontra uma cruz, em ponta, e debaixo das letras IHS, sempre dentro do sol radiante, três cravos em preto. Na parte inferior do brasão, à sua direita, se encontra uma estrela e à esquerda a flor de nardo.

A estrela simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja, e a flor de nardo, São José, padroeiro da Igreja universal. Na tradição espanhola, São José é representado por um ramo de nardos na mão.

Com este brasão, o Papa quis ressaltar sua particular devoção à Virgem e a São José. A flor de nardo, no desenho anterior, poderia em princípio ser confundida com um ramo de videira. Com a modificação do desenho, passou a ser mais fiel ao que seria um ramo de nardos.

O lema do pontificado, “Miserando atque eligendo” (“Olhou para ele com misericórdia e o escolheu”), foi retirado das homilias de São Beda, o Venerável, o qual, comentando o Evangelho de Mateus, escreveu “Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me” (Viu Jesus a um publicano e como olhou para ele com sentimentos de amor o escolheu e disse: seque-me”.

Comissão de Constituição e Justica da Câmara dos Deputados aprova proposta em favor de entidades cristãs


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é uma das entidades que estão incluídas entre aquelas que podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF) de acordo com a Proposta de Emenda à Constituíção (PEC) 99/11, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), aprovada nesta quarta-feira, 27, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

Em declaração à "Agência Câmara", o autor da PEC 99/11, afirmou que ela representa uma "ampliação da cidadania e do acesso à Justica" a estas entidades, pois "alguns temas dizem respeito diretamente" a elas.

A liberdade religiosa, o ensino religioso facultativo, bem como a questão da imunidade tributária, são alguns dos temas de abrangência da proposta. "Com a proposta, estamos corrigindo uma grave omissão emque o constituinte incorreu ao deixar essa lacuna", destacou o parlamentar.

De acordo com a "Agênca Câmara", a PEC 99/11 será analisada por uma comissão especial para em seguida ser votada em dois turnos pelo plenário.

A medida pode conceder espaço a entidades de orientação cristã em ações que são apenas concedidas ao presidente da República, a mesa do Senado Federal, Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa (Distrito Federal), aos governadores estaduais e distrital, ao procurador-geral da República, Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), partidos políticos com representação no Congresso Nacional, confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional, além da própria mesa da Câmara dos Deputados.

Além da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), destaca-se também a possibilidade de propor as ações o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil e a Cenvenção Batista Nacional. (Jefferson Souza)


Foto: Agência Câmara

Papa Francisco realiza sua primeira Catequese com os fiéis

Em sua primeira audiência geral, Papa destacou a necessidade de cada um sair de si mesmo e ir ao encontro do outro.

O Papa Francisco realizou na manhã desta quarta-feira, 27, sua primeira audiência geral. Depois de 14 dias desde a sua eleição, o Santo Padre esteve hoje com os fiéis na Praça São Pedro para uma Catequese sobre a Semana Santa.
Logo no início do encontro, Papa Francisco destacou seu reconhecimento e veneração para com Bento XVI e informou que, depois da Páscoa, retomará o ciclo de catequeses sobre o Ano da Fé, como estava fazendo seu predecessor.


Sobre o significado da Semana Santa para os fiéis, Francisco destacou que isto constitui em sair de si mesmo, indo ao encontro do outro, sobretudo daqueles que estão mais distantes, que são mais esquecidos. “Há tanta necessidade de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor!”, destacou o Papa.

O Pontífice recordou que este é o caminho a seguir, lembrando que Jesus, em sua missão terrena, teve atenção com todos, sem distinção: humildes, ricos, poderosos ou indefesos, levando uma mensagem de esperança e a misericórdia de Deus para todos.

“Deus não esperou que fôssemos a Ele, mas foi Ele que se moveu para nós, sem cálculos, sem medidas. (…) Jesus não tem casa porque a sua casa é o povo, somos nós, a sua missão é abrir a todos as portas de Deus, ser a presença do amor de Deus”.

Francisco disse ainda que a Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor doa ao ser humano para abrir as portas do seu coração, da sua vida, e sair ao encontro dos outros, fazendo levar a luz e a alegria da fé.

“Sair sempre! E isto com o amor e a ternura de Deus, no respeito e na paciência, sabendo que nós colocamos nossas mãos, nossos pés, o nosso coração, mas em seguida é Deus que os orienta e torna fecunda a nossa ação. Desejo a todos viver bem estes dias seguindo o Senhor com coragem, trazendo em nós mesmos um raio do seu amor a quantos encontrarmos”.

terça-feira, 26 de março de 2013

Papa Francisco decide residir em Santa Marta


O Vaticano confirmou que o Papa Francisco não viverá, pelo menos por agora, nos apartamentos papais. Francisco pernecerá na Casa Santa Marta, onde está desde o inicio do conclave que o elegeu Sumo Pontifice, no dia 13 de março.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que os apartamentos papais estão prontos para receber o novo Papa, mas parece que Francisco está totalmente instalado na Casa Santa Marta, e continuará por lá, junto com outros padres e bispos .

Poucos dias depois de sua eleição, o cardeal camerlengo Tarcisio Bertone, entregou as chaves do apartamento, lacrados desde o inicio da Sede Vacante, ao Papa Fracisco. Ainda será avaliado definitivamente pelo Pontífice se ele vai mudar para os apartamentos papais ou permanecerá na Casa Santa Marta como sua residência oficial definitivamente.

Da redação do Portal Ecclesia.

O Papa exorta a meditar nesta Semana Santa na infinita paciência de Deus conosco


Nesta Segunda-feira Santa, o Papa Francisco fez um chamado a que, nesta Semana Santa, os católicos meditem na paciência que Deus tem com os pecados e as debilidades de cada um, pois seu amor é sempre superior a eles.

Assim o indicou o Santo Padre em uma breve homilia na Missa que celebrou ontem na Casa Santa Marta, em que meditou sobre a paciência a partir da passagem evangélica em que Judas critica a Maria por ungir os pés de Jesus com perfume.

A paciência "infinita" de Deus está refletida nesta passagem na qual Jesus é paciente com Judas. São João destaca no Evangelho que Judas não se preocupava com os pobres, mas se preocupava com o dinheiro que roubava. Jesus não lhe diz "você é um ladrão", mas com seu amor "foi paciente com Judas, procurando atrai-lo a si com sua paciência, com seu amor".

"Fará bem para nós pensar nesta Semana Santa na paciência de Deus, naquela paciência que o Senhor tem conosco, com nossas debilidades, com nossos pecados", exortou o Pontífice.

"Quando pensamos na paciência de Deus. Isso é um mistério!", exclamou o Papa. "Esta paciência que Ele tem conosco! Fazemos tantas coisas, mas Ele é paciente". "É paciente como o pai que no Evangelho viu o filho de longe, aquele filho que foi embora com todo o dinheiro da herança".

E por que pôde vê-lo de longe? Pergunta-se o Papa: "porque, todos os dias, ia ao alto para olhar se o filho voltava". Esta, disse Francisco, "é a paciência de Deus, esta é a paciência de Jesus".

"Pensemos em uma relação pessoal, nesta Semana: como foi na minha vida a paciência de Jesus comigo? Sobretudo isto. E logo sairá de nosso coração uma só palavra: ‘obrigado, Senhor, obrigado pela sua paciência!’"
Fonte: ACI Digital

segunda-feira, 25 de março de 2013

A maturidade da Igreja

Os cardeais elegeram o Papa conforme a sua consciência
Durante muitos séculos da História da Igreja, sobretudo por ocasião dos Conclaves para eleger o novo Pontífice, as interferências políticas dos governos foram brutais.
Reis, imperadores, ditadores e presidentes procuravam influenciar diretamente nas eleições do Papa: “Diga aos cardeais que o meu candidato é fulano”, ou “Informe os eleitores que não aceitarei como Papa beltrano” ou ainda “Todos saibam que a eleição de sicrano provocará rompimento com a Santa Sé”. Com o correr dos séculos, a Igreja aprendeu a livrar-se de tais interferências. 
Nos tempos modernos, surgiu um novo modelo de impor candidatos: é a pressão midiática, as pesquisas de opinião, as casas de apostas, as declarações de “vaticanistas”. A intenção de tais manipulações – completamente irreais – é fazer a cabeça dos cardeais e, assim, colocar, no poder, as pessoas de seus interesses, que sigam as linhas de atuação prescritas pelos autores.
A eleição do Papa Francisco veio demonstrar a liberdade de espírito do Colégio Cardinalício. Votaram conforme a sua consciência. Isso causa em todos os católicos uma tranquilidade e segurança quanto à lisura da escolha.
O caso atual (sem pôr em dúvida os últimos dez Papas), comprova que a preocupação não é a política ou outros interesses menores. A preocupação é bíblica: “É preciso que um deles se junte a nós para testemunhar a ressurreição” (At 1,22).
Em outras palavras, o Papa deve ser alguém que “viu o Cristo”, e d'Ele dê testemunho a partir de sua experiência de vida.
Pelas apresentações até agora ocorridas, percebe-se que o Papa Francisco é um homem de profundo trato com o “Mestre e Senhor”. É um homem de fé e oração simples, até popular.
Os “hermanos” vão permitir que, numa espécie de fogo amigo, eu repita o bom humor da minha roda de amigos: “Enfim, um argentino humilde!” Ou ainda: “É a primeira vez que se vê brasileiros trabalhando em favor de um argentino”.
A escolha foi feliz, porque ele [Papa Francisco] é uma testemunha autêntica de Jesus. Embora a idade não permita atrasos, pela graça do Espírito Santo ele produzirá frutos em honra do Pai.
Pedimos ao Senhor que o abençoe e ao povo que o acolha como legítimo sucessor de Pedro.
Dom Aloísio Roque Oppermann, scj
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG) 

Confira as celebrações presididas pelo Papa Francisco na Semana Santa


O departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice divulgou nesta manhã o calendário das celebrações que serão presididas pelo papa Francisco na Semana Santa.
 
Quinta-feira santa (28): na basílica vaticana às 9:30hs  o Papa Francisco celebrará a missa do crisma; a missa da Ceia do Senhor será celebrada no Instituto Penal para Menores Casal del Marmo, em Roma, às 17:30hs.

Sexta-feira santa (29): celebração da Paixão de Cristo às 17hs, na basílica vaticana; às 21:15hs será a Via Sacra no Coliseu.

Sábado santo (30): celebração da Vigília Pascal às 20:30hs na basílica vaticana.

Domingo de Páscoa (31): missa de Páscoa às 10:15hs, na praça de São Pedro; às 12hs do balcão da basílica vaticana a benção "Urbi et Orbi".


Fonte: Zenit / Foto: Rádio Vaticano

Bispo sul-coreano afirma que Papa Francisco inspira conversões no país


De acordo com o bipo de Daejon, Coreia do Sul, dom Lazzaro You Heung Sik, a simplicidade e carisma do Papa Francisco tem inspirando coreanos a procurarem bispos e padres de comunidades católicas locais com o desejo de iniciar um caminho de conversão.

Em entrevista a "Agência Asia News", o prelado afirmou que a eleição do Papa Francisco, bem como a renúncia de Bento XVI "são as sementes de conversão. Todos este eventos foram compreendidos e bem aceitos". Segundo o ele, os coreanos "tem visto mais uma vez a beleza da Igreja Católica."

Dom Lazzaro Sik destaca o ocorrido neste domingo, 24, por ocasião da celebração de Ramos. " Fui convidado a celebrar missa na sede da Universidade Católica onde professores me pediram um longo serão para explicar os muitos eventos de Roma. Metade do tempo eu expliquei o significado da Semana Santa, de quinta a Páscoa". Sobre Bento XVI e seu pontificado o bispo declarou aos professores que "foi um tempo muito bom", referindo-se ao legado deixado pelo Papa emérito.

As atitudes dos dois Papas, humildade e misericórdia, não passaram despercebidos na Coreia do Sul. No dia 19 de março, festa de São José, em celebração com jovens do Seminário Maior da diocese o bispo enviou ao Papa Francisco uma carta e foto do grupo de seminaristas como um "pequeno gesto de amor do Extremo Oriente".

De acordo com estatísticas do governo sul-coreano cerca de 10, 1% da população é católica e  16 dioceses no território fazem assistência parcela da população. (Jefferson Souza)

Da redação do Portal Ecclesia.

domingo, 24 de março de 2013

Francisco fala sobre alegria, cruz e juventude na missa do Domingo de Ramos


Reunido com os fiéis na praça São Pedro, Papa Francisco celebrou na manhã deste domingo, 24, a missa do Domingo de Ramos. Em sua homilia, o Santo Padre desenvolveu uma reflexão em torno de três palavras em especial: alegria, cruz e jovens.

Logo no início da homilia, Francisco descreveu a multidão, o clima de alegria que esteve presente na entrada de Jesus em Jerusalém, cenário que se repete hoje. Ele recordou que esta alegria do cristão vem justamente desse encontro com Jesus, que está em meio ao ser humano.

"Nunca sejam homens e mulheres tristes: um cristão não pode nunca sê-lo! Não vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa não é uma alegria que nasce do fato de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está em meio a nós; nasce do saber que com Ele nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis, e há tantos!".

O Santo Padre destacou também a cruz de Cristo. Ele explicou que Jesus não entrou em Jerusalém para ser exaltado como os reis terrenos, mas para ser flagelado. "Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz (…) Por que a Cruz? Porque Jesus toma sobre si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, também o nosso pecado, de todos nós, e o lava, o lava com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus".

Por fim, Papa Francisco mencionou os jovens, a terceira palavra que ele desejava dizer em sua homilia. O Pontífice disse que os jovens têm uma parte muito importante na festa da fé; eles trazem alegria e dizem para viver a fé com um coração jovem. "Com Cristo o coração não envelhece nunca!", disse.

Ele recordou a cruz peregrina que está circulando em todo o mundo, o que, segundo ele, é uma resposta ao convite de Jesus "Ide e fazei discípulos entre todas as nações" (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada Mundial da Juventude deste ano. Ele lembrou ainda que a Jornada está próxima e pediu que todos se preparem bem para que este encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro.

Fonte: Canção Nova Notícias

Comissão da CNBB se manifesta diante de decisão do CFM sobre a legalização do aborto


O Conselho Federal de Medicina (CFM), que representa mais de 400 mil médicos brasileiros, se posicionou, na última quinta-feira, 21 de março, a favor da autonomia da mulher em interromper a gravidez até 12ª semana de gestação.

Segundo a informação do site do CFM, por maioria, os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) concordaram que a Reforma do Código Penal, que ainda aguarda votação, deve afastar a ilicitude da interrupção da gestação em uma das seguintes situações:

a) quando "houver risco à vida ou à saúde da gestante";

b) se "a gravidez resultar de violação da dignidade sexual, ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida";

c) se for "comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente, em ambos os casos atestado por dois médicos";

d) se "por vontade da gestante até a 12ª semana da gestação".

A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por intermédio de seu presidente, o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini, divulgou nesta sexta-feira, 22 de março, algumas considerações a respeito de uma nota publicada pelo CFM.

Confira a íntegra da mensagem:

Brasília, 22 de março de 2013.

CEPVF Nº 0164/13

CONSIDERAÇÕES SOBRE A NOTA DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM) A RESPEITO DO ABORTO

Causou surpresa à sociedade brasileira a decisão tomada pelo Conselho Federal de Medicina, durante o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina, favorável à interrupção da gravidez até a 12ª semana, como prevê a proposta do novo Código Penal, em discussão no Senado Federal. As imediatas reações contrárias a esse posicionamento demonstram a preocupação dos que defendem a vida humana desde sua concepção até a morte natural. Merece, por isso, algumas considerações.

O drama vivido pela mulher por causa de uma gravidez indesejada ou por circunstâncias que lhe dificultam sustentar a gravidez pode levá-la ao desespero e à dolorosa decisão de abortar. No entanto, é um equívoco pensar que o aborto seja a solução.

Nossa civilização foi construída apostando não na morte, mas na vitória sobre a morte. Por isso a Igreja criou hospitais, leprosários, casas para acolher deficientes físicos e psíquicos. Recorde-se, em época recente, a figura das Bem-aventuradas Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce dos pobres, bem como os milhares de pessoas que, quotidianamente, se dedicam a defender e promover a vida humana e sua dignidade.

As constituições dos principais países ocidentais apresentam uma perspectiva claramente favorável à vida. A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 1º, afirma que a República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a dignidade da pessoa humana. E, no seu artigo 5º, garante a inviolabilidade do direito à vida.

Ajuda a evitar o aborto a implantação de políticas públicas que criem formas de amparo às mulheres grávidas nas mais variadas situações de vulnerabilidade e de alto risco, de tal modo que cada mulher, mesmo em situações de grande fragilidade, possa dar à luz seu bebê. Esta solução é a melhor tanto para a criança, que tem sua vida preservada, quanto para a mulher, que fica realizada quando consegue ter condições para levar a gravidez até o fim, evitando o drama e o trauma do aborto.

O Conselho Federal de Medicina ao se manifestar favorável ao aborto até 12 semanas parece não ter levado em consideração todos os fatores que entram em jogo nas situações que se pretendem enfrentar. Sua decisão, que não contou com a unanimidade dos Conselhos Regionais, deixa uma mensagem inequívoca: quando alguém atrapalha, pode ser eliminado.

Para justificar sua posição, o CFM evoca a autonomia da mulher e do médico, ignorando completamente a criança em gestação. Esta não é um amontoado de células sem maior significado, mas um ser humano com uma identidade biológica bem definida; com um código genético próprio, diferente do DNA da mãe. Amparado no ventre materno, o nascituro não constitui um pedaço do corpo de sua genitora, mas é um ser humano vivo com sua individualidade. A esse respeito convergem declarações de geneticistas e biomédicos.

Todos esses fatores precisam ser considerados no complexo debate sobre o aborto, reconhecendo os direitos do nascituro, dentre os quais o direito inviolável à vida que vem em primeiro lugar.

Que os legisladores sejam capazes de considerar melhor todos os aspectos da questão em pauta e que seja possível um diálogo efetivo, com abertura para alargar o uso da razão. O uso apropriado da mesma não descartaria nenhum fator, reconhecendo os direitos do nascituro, o primeiro deles, o direito inviolável à vida. Deste modo, será possível legislar em favor do verdadeiro bem das mulheres e dos nascituros, e se consolidará o Estado democrático, republicano e laico, que tanto desejamos.

Dom João Carlos Petrini
Bispo de Camaçari (BA)
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para a Vida e a Família da CNBB

Da redação do Portal Ecclesia.