Sexta-feira Santa é um dia de contemplação ao sacrifício de Cristo pela humanidade
Com uma procissão silenciosa, o Papa Francisco iniciou a Celebração da
Paixão e Morte do Senhor, nesta Sexta-feira Santa, 29, na Basílica de
São Pedro, no Vaticano.
Este é o único dia do ano em que não é realizada a Santa Missa. Contudo,
a Sexta-feira Santa não é considerada pela Igreja Católica como um dia
de luto, mas um dia de contemplação e reverência ao Sacrifício de Cristo
pela humanidade.
Logo no início da celebração, o Santo Padre prostou-se no chão em um
momento de oração. Em seguida, levantou-se e teve início a liturgia da
Palavra, com a 1ª e 2ª leituras e o Evangelho narrando a Paixão e morte do Senhor (cf. João 18,1-19,42).
Na homilia, conduzida pelo pregador da Casa Pontificia, frei Raniero
Cantalamessa, o frade destacou que, em Cristo morto e ressuscitado, a
humanidade encontrou seu destino final: os novos céus e a nova terra.
“[Em Cristo] o mal e a morte foram derrotados para sempre. Suas fontes
secaram. A realidade é que Jesus é o Senhor do mundo e o mal foi vencido
pela redenção que Ele realizou. O novo mundo já começou”, enfatizou
frei Cantalamessa.
O sacerdote explicou que a fé cristã poderia voltar ao mundo
secularizado pela mesma razão pela qual ela já entrou antes. “Por ser a
única doutrina que tem uma resposta segura para as grandes questões da
vida e da morte”.
Frei Cantalamessa explicou que a Cruz separa os crentes dos não-crentes,
porque para alguns ela é escândalo e loucura, enquanto que, para outros
é poder e sabedoria de Deus. Porém, em um sentido mais profundo, a Cruz
une todos os homens.
“Jesus tinha que morrer. Não por uma nação, mas para reunir juntos,
todos os filhos de Deus que estavam dispersos. Os novos céus e a nova
terra são de todos e para todos, porque Cristo morreu por todos”,
ressaltou.
O sacerdote destacou ainda que a urgência, ao saber dessa redenção de
Cristo, é evangelizar. “O amor de Cristo nos impele a anunciar ao mundo a
boa noticia de que não há nenhuma condenação aos que estão em Cristo
Jesus, porque Ele libertou a todos da lei do pecado e da morte”,
enfatizou, repetindo a frase em vários idiomas, explicando que é uma
verdade que precisa ser anunciada a todos.
Após a homilia, a liturgia da Paixão do Senhor prosseguiu com a Oração
Universal, pelas intenções mais importantes da Igreja, e, em seguida, a
Adoração à Santa Cruz. A celebração concluiu-se com a Comunhão
Eucarística.
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