Papa Francisco discursou à conferência da FAO sobre nutrição e criticou a ganância que dificulta o combate à fome.
O espírito de fraternidade pode ser decisivo para soluções adequadas no
combate à fome, enfatizou o Papa Francisco, em seu discurso à 2ª
Conferência Internacional sobre Nutrição, nesta quinta-feira, 20. A
reunião é promovida pela Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação (FAO).
O Papa observou que, embora as nações estejam entrelaçadas entre si,
tais relações acabam danificadas pela suspeita recíproca, que se
converte em agressão bélica e econômica, uma realidade bem conhecida por
quem passa fome e não tem trabalho.
Para Francisco, o direito à alimentação só será garantido se houver uma
preocupação com essas pessoas que sofrem com a fome e a desnutrição.
Muito se fala de direitos, disse o Papa, mas, com frequência, os deveres
são esquecidos e talvez exista pouca preocupação com que não tem o que
comer.
“Dói constatar que a luta contra a fome e a desnutrição é dificultada
pela ‘prioridade do mercado’ e pela ‘preeminência da ganância’, que
reduziram os alimentos a uma mercadoria qualquer, sujeita à especulação,
inclusive financeira. E enquanto se fala de novos direitos, o faminto
está aí, na esquina da rua, e pede um documento de identidade, ser
considerado em sua condição, receber uma alimentação de base saudável.
Pede-nos dignidade, não esmola”.
Fonte: Canção Nova Notícias
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