Neste final de semana, junto com a festa dos apóstolos Pedro e
Paulo, a Igreja comemora o Dia do Papa. É o dia para recordar os feitos
dos dois maiores pilares da Igreja primitiva que foram São Pedro e São
Paulo. “Pedro, o primeiro a proclamar a fé fundou a Igreja primitiva
sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações,
anunciou-lhes o Evangelho da Salvação. Por diferentes meios, os dois
congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio,
recebem hoje, por toda a terra, igual veneração” (Prefácio da Missa).
Antes mesmo da morte e ressurreição de Jesus Cristo, conforme nos
atestam as Sagradas Escrituras, Pedro se tornou referência para os
outros apóstolos e seguidores do filho de José e Maria. Ao professar que
Jesus é “o Messias, o Filho do Deus vivo”, ele foi consagrado como a
pedra sobre a qual iria se edificar a Igreja (Mt 16,18). Depois da
ascensão de Jesus ao céu, aprofundou a sua influência sobre o grupo dos
cristãos, chegando a ser o primeiro bispo de Roma. E ao ser martirizado,
a referência de unidade do cristianismo ocidental continuou a ser o
bispo de Roma, na pessoa de Lino e dos que o sucederam até a chegada de
Dom Mário Bergoglio, o atual Papa Francisco.
O Papa não pode ser adorado e nem precisa ser venerado. Ele precisa,
sim, ser respeitado e escutado em suas alocuções e em seus ensinamentos.
Como os demais seres humanos, ele também tem suas fraquezas e seus
pecados. Acreditamos, porém, que ele é iluminado pelo Espírito Santo
para conduzir a Igreja pelos caminhos da luz e da verdade, para que “o
poder do inferno nunca consiga vencê-la”.
O Papa Francisco possivelmente não é o maior teólogo da atualidade.
Também não foi o mais indicado candidato a Papa pelos analistas no
conclave que o elegeu no dia 13 de março. É, porém, assim o entendo eu, o
perfil perfeito de Papa que o mundo está precisando. Um Papa sensível
aos problemas das pessoas e comprometido com a construção de uma
sociedade justa e solidária. Um Papa que assume abertamente a defesa da
vida desde a concepção até a morte natural, mesmo que isto lhe custe
perseguições.
Com palavras simples, diante da sua iminente chegada ao Brasil na
Jornada Mundial da Juventude, aproveitou a homilia do Domingo de Ramos
para alertar os jovens a dizerem ao mundo que “é bom seguir Jesus; é bom
andar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos
para levar Jesus às periferias do mundo e da existência”.
Oremos pelo nosso Papa Francisco e permaneçamos unidos a Ele. Assim
teremos a garantia de sermos uma Igreja unida e em sintonia com o
ensinamento dos Apóstolos Pedro e Paulo.
Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul
Bispo de Santa Cruz do Sul
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