No Evangelho de Mateus, Jesus
ensina: “... o vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes.
Vós, portanto, orai assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado
seja o teu nome...” (Mt 6,8-9). Dessa forma, Cristo ensina a principal
oração dos cristãos, que os acompanha desde os primórdios da fé.
O Catecismo da Igreja Católica
classifica a oração do Pai Nosso como a oração que está no centro das
Escrituras, “a Oração do Senhor” e a oração da Igreja. E, Santo
Agostinho explica que todas as orações da Bíblia, inclusive os Salmos,
se convergem nos pedidos do Pai-Nosso. “Percorrei todas as orações que
se encontram nas Escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas
algo que não esteja incluído na oração do Senhor (Pai Nosso)”.
A importância dessa oração está
vinculada, antes de tudo, ao fato de ter sido ensinada pelo próprio
Cristo aos apóstolos e transmitida aos cristãos de hoje por meio da
Sagrada Escritura e da Tradição. O Catecismo diz que ela deve ser tida
como principal modelo de oração cristã, com a qual se inicia todas as
demais orações. Todavia, não deve ser recitada como uma fórmula repetida
“maquinalmente”.
De acordo com padre Alessandro
Henrique das Chagas, pároco da Paróquia de Santa Cecília, em Cruzeiro
(SP), a oração do Pai Nosso é fundamental porque contém tudo aquilo que é
essencial para a vida humana.
“O Pai Nosso tem sete pedidos
incluídos em si. Esse número na Sagrada Escritura significa a plenitude,
plenitude de tudo aquilo que o homem precisa. Então, ela é fundamental
porque o que está contido no Pai Nosso é aquilo que nós precisamos para
nossa vida de cristãos, para a experiência da nossa fé em Deus”,
explicou.
O sacerdote também ressalta que
esta oração traduz a centralidade da pregação de Jesus: revelar o rosto
paternal de Deus. "Jesus Cristo traz a identidade de Deus, Ele mostra
que Deus é Pai, tanto que, a primeira palavra que Ele usa ao ensinar os
discípulos a rezar é 'Pai'; Cristo os ensina a chamarem Deus de Pai."
Segundo padre Alessandro, aqueles
que rezam esta oração recordam a sua filiação a Deus Pai, concedida aos
homens por meio de Jesus Cristo. Na explicação do sacerdote, em Jesus
todos são filhos e filhas, e para Deus é uma alegria ser chamado de Pai.
"Deus se alegra em ter-nos como filhos", afirmou.
No Ano da Fé, a Igreja convida os
católicos a aprofundarem o seu conhecimento sobre a fé.
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