Em sua chegada ao Líbano nesta
sexta-feira, 14, (por volta de 13h45 local, 7h45 em Brasília), o Papa
Bento XVI agradeceu pelo convite e enfatizou que sua presença no país,
entre outros motivos, busca reafirmar a importância da presença de Deus
na vida de cada um. Ele afirmou que vai ao Líbano como “peregrino de
paz, como amigo de Deus e como amigo dos homens”.
O Pontífice também afirmou que a
forma de viver em união, da qual o Líbano quer dar testemunho, será
alcançada a partir de uma visão acolhedora e benevolente em relação ao
outro e se estiver enraizada em Deus.
Bento XVI disse que não esquece
os acontecimentos tristes e dolorosos que, por longos anos, perpassaram o
Líbano, mas lembrou que a convivência feliz dos libaneses deve ser um
exemplo de que pode haver colaboração entre diversas Igrejas, todas elas
membros da única Igreja Católica, num espírito de comunhão fraterna.
“A convivência feliz de todos os
libaneses deve demonstrar a todo o Médio Oriente e ao resto do mundo
que, dentro duma nação, pode haver colaboração entre as diversas Igrejas
– todas elas membros da única Igreja Católica – num espírito de
comunhão fraterna com os outros cristãos e, ao mesmo tempo, a
convivência e o diálogo respeitoso entre os cristãos e os seus irmãos de
outras religiões”.
Porém, o Pontífice lembrou que
este equilíbrio, às vezes, é ameaçado por pressões de partes contrárias e
estranhas à harmonia e suavidade libanesas. Diante destas situações,
Bento XVI acredita ser necessário dar provas de “real moderação e grande
sabedoria”, fazendo prevalecer a razão sobre a paixão unilateral para
que se alcance o bem comum de todos.
“Porventura o grande rei Salomão,
que conhecia o rei Hiram de Tiro, não considerava a sabedoria como
sendo a virtude suprema!? Por isso a pediu com insistência a Deus, que
lhe deu um coração sábio e inteligente (cf. 1 Rs 3, 9-12)”.
O Papa também citou outro motivo
de sua visita ao Líbano: a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal
da Assembleia Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos,
Ecclesia in Medio Oriente. “Destinada ao mundo inteiro, a Exortação
propõe-se ser para eles um roteiro para os anos futuros”, disse.
O primeiro compromisso do Papa no
país foi uma visita à Basílica de St. Paul, em Harissa e a Assinatura
da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, logo mais, às 12h, horário de
Brasília.
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