O Documento 100 da CNBB, “Comunidade
de comunidades: uma nova paróquia”, propõe reflexão e ações práticas
para uma conversão pastoral da paróquia. Após, aproximadamente, dois
anos de estudo, os bispos reunidos na 52ª Assembleia Geral, no mês de
maio, aprovaram o texto para publicação como Documento oficial da Igreja
no Brasil.
De acordo com bispo auxiliar de
Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o texto quer
contribuir para dinamizar a vida de comunidade. “Vai nos ajudar a sermos
presença do Evangelho de maneira fecunda e samaritana, no anúncio do
Reino de Deus”, afirma. Na apresentação do Documento, o secretário
recorda que a Igreja tem sua origem na comunidade, por isso a “Igreja é
comunidade”.
“O Documento busca iluminar o nosso ser Igreja, sermos comunidade dos
que vivem de Cristo Jesus, iluminados e guiados pela força e suavidade
do Espírito Santo, acolhidos pela bondade materna do Pai”, explica dom
Leonardo.
A Comissão de redação do Documento contou com a colaboração de
assessores, bispos e leigos, sendo presidida pelo arcebispo de Manaus
(AM), dom Sérgio Castriani. Em 2013, durante a 51ª Assembleia Geral
CNBB, os bispos tinham aprovado o Estudo 104 “Comunidades de
comunidades: uma nova paróquia”. O texto foi enviado aos regionais e
dioceses para que refletissem e enviassem suas contribuições,
colaborando, assim, para uma nova versão. Para dom Sérgio, a
intenção da CNBB não foi apenas produzir um texto, mas oferecer
reflexões que chegassem às bases e contribuíssem com a renovação
paroquial. “O Documento n. 100 é uma nova redação, com
contribuições do estudo. Houve inversão de capítulos, ajustes no texto e
acréscimos a partir das sugestões enviadas pelas dioceses”, informou.
Proposta e capítulos
O Documento 100 “Comunidade de
comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia” é
composto de seis capítulos, são eles: Sinais dos Tempos e Conversão
Pastoral, Palavra de Deus, Vida, Missão nas Comunidades, Surgimento da
Paróquia e sua Evolução, Comunidade Paroquial, Sujeito e Tarefas da
Conversão Paroquial.
Logo no início é apresentada análise da realidade paroquial. Na
sequência traz, também, reflexão histórica e teológica sobre a paróquia.
Segue abordando a dimensão de comunidade, a partir da conversão
paroquial e pastoral, com ideias do significado da paróquia como “casa
do pão, casa da caridade e acolhida”. “É na paróquia, lugar para
vivência da fraternidade, onde as pessoas reúnem-se em comunidade para
celebrar os sacramentos e encontrar-se com o ministério de Cristo e da
Igreja”, comenta dom Sérgio.
Ao final do documento, no capítulo 6, são apresentadas propostas
práticas para conversão da paróquia, ou seja, as proposições pastorais.
São pistas de ações que tratam da acolhida e vida fraterna, iniciação à
vida cristã, leitura orante da palavra, liturgia e espiritualidade;
incluindo o funcionamento da paróquia, seus conselhos, organização e
manutenção.
A valorização e incentivo da participação do laicato e os ministérios
leigos são indicados no documento. Orienta-se, também, a atenção e
acolhida às famílias que residem em condomínios e conjuntos residenciais
populares, na tentativa de estabelecer proximidade e integração na
comunidade. Outro aspecto contido nas pistas de ações é incentivo às
paróquias para utilizar dos recursos da mídia e novas formas de
comunicação e relacionamento nas atividades de evangelização.
Fonte: CNBB
Que bom a igreja precisa mesmo está mais perto do povo.
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