O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa,
que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O
povo acolheu Jesus agitando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os
ramos significam a vitória: "Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que
vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas".
Os ramos apresentados pelo povo nos remetem ao
sacramento do batismo, por intermédio do qual nos tornamos filhos de
Deus e responsáveis pela missão da nossa Igreja. E o ato de levarmos os
ramos para casa nos lembra que estamos unidos a Cristo na luta pela
salvação do mundo.
A Procissão de Ramos tem como objetivo apresentar a
peregrinação que cada cristão realiza sobre a Terra buscando a vida
eterna ao lado do Senhor. Esse ato nos faz relembrar que somos
peregrinos neste mundo e que o céu é o lugar de onde viemos e para onde
devemos voltar.
Por fim, a Santa Missa do Domingo de Ramos traz a
narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Jesus: Sua angústia mortal no
Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de
Judas, a prisão, os maus-tratos nas mãos dos soldados na casa de Anãs,
Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de
Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”;
as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a
ajuda do homem cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível
madeiro da cruz, o diálogo d'Ele com o bom ladrão, Sua morte e
sepultura.
O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu
Reino, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César
e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o
pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela
morte para destruí-la; perder a vida para ganhá-la.
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