O Papa
Bento XVI dando continuidade ao grande ciclo de catequeses sobre a oração e à
série de catequeses sobre a oração nos Atos dos Apóstolos, falou nesta
quarta-feira, 25, sobre a pastoral da caridade desenvolvida pelos primeiros
cristãos.
Após
fazer uma explicação detalhada sobre o "problema" enfrentado pelos
apóstolos no tocante à justa medida na relação entre as boas obras e a vida de
oração, o Santo padre falou sobre os riscos do ativismo, que, segundo ele, é consequência
da falta de vida interior.
"Não
devemos nos perder no ativismo puro, mas sempre deixarmo-nos penetrar na nossa
atividade a luz da Palavra de Deus e assim aprender a verdadeira
caridade", explicou o Papa.
Explorando
ainda o tema do ativismo, o Pontífice explicou que a ação caritativa é, ao
mesmo tempo, um serviço espiritual, já que, para realizá-la, o cristão deve
nutrir uma íntima relação com Deus.
"Sem
a oração cotidiana vivida com fidelidade, o nosso fazer se esvazia, perde o
sentido profundo, se reduz a um simples ativismo que, no final, nos deixa
insatisfeitos", destacou.
Por fim,
o Papa fez um apelo para que os fiéis tomem a consciência de que a oração é
algo fundamental na vida de qualquer pessoa, se esta visa dar um sentido às
suas atividades.
"Se
os pulmões da oração e da Palavra de Deus não alimentam a respiração da nossa
vida espiritual, sofremos o risco de nos sufocarmos em meio às mil coisas de
todos os dias: a oração é a respiração da alma e da vida", salientou.